Blog da Pam.

Era pra ser um dia normal, como todos os outros acordar de manhã cedo, não vê-lo ao meu lado e perceber que tudo não passou de um sonho bom. Ir pra escola e não poder falar com a minha melhor amiga porque ela assim como todos os outros se cansou de mim. Chegar em casa e me contentar com hitórias bonitas em textos fictícios, Era pra ser assim. Mas não foi. Eu não queria acordar tinha a impressão de que você precisava de mim no sonho, o meu peito apertava, uma dor decabeça terrível parecia que eu tinha tomado um porre e estava de ressaca. Quem me dera se passasse depois de um remédio! Eu não podia faltar a escola, havia prova! Mas eu não tinha condições nenhumas de raciocinar e não sabia o por quê. Cheguei na escola e a minha melhor amiga citada lá em cima, se aproximou e ficou ali do meu lado sem dizer nada, parecia que ela esttava sentido que eu precisava dela, que eu não estava bem. Eu não tinha ao menos força pra chorar e explicá-la o que eu estava sentindo. Ao meio de soluços e gaguejos consegui dizer que eu estava com uma forte e grande dor e não sabia a explicação.ela como sempre fazia não disse nada me olhou de um jeito que parecia dizer "Não sei como te ajudar". E assim foi, a aula demorou muito a passar e agonia crescia cada vez mais em mim. E eu inocente não sabia o que estava acontecendo. Cheguei a comentar em casa sobre a forte dor no peito, me ofereceram um Tylenol mas nada além disso! A dor parecia aumentar cada vez mais.. estava se tornando física. Já se passara das duas da manhã e ainda não tinha conseguido dormir. Até que exatamente as 2:13 da madrugada meu telefone toca "número desconhecido" era o que aparecia na tela. Não antedi, mas persistiram e o celular tocou outra vez só que dessa vez atendi. Uma voz agoniada, e uma respiração ofegante estava do outro lado da linha, eu não conseguia ouvir nada.. até que passaram o telefone pra outra pessoa. E essa pessoa disse
"Alô? Aqui é do hospital, houve um acidente"
"Como assim? Deve ser engano! Desculpa"
"É que o menino que foi atropelado estava com o telefone e o primeiro contato estava escrito ANJO então o amigo dele discou, mas não conseguiu falar então eu mesma falei."
Levei um susto e logo pensei no pior, e estava entendendo porque a dor o dia todo, dor que por sinal aumentava mais e mais.
"Ele não resistiu".
A partir daí eu não estava mais sentindo meu corpo, joguei o telefone longe. Meus batimentos iam cada vez mais rápidos e minha respiração parando devagar. Na minha cabeça passava um filme com tudo que a gente viveu, as lágrimas caiam aos poucos. Eu fugi! Estava desesperada! Queria ter dito a ele que eu sei que não fui a única a dizer amo você, não fui a única a dizer todas essas palavras e períodos de amor. Eu não fui a única a querer ele a cada segundo do meu dia, eu não fui a única a me apaixonar por ele. Mas tinha certeza que eu era a ÚNICA que daria cada batimento cardíaco meu, só pra vê-lo sorrir. Tinha certeza que eu era a única que nunca soltaria a mão dele nos momentos difíceis… tinha certeza que eu era a única que respiraria por ele… Mas ele não percebeu isso a tempo. Pulei a janela do segundo andar. Andei e assim que cheguei na rua, me joguei na frente do primeiro carro que passou, e dessa vez quem não resistiu foi eu. Pelo simples fato de não conseguir viver num mundo onde ele não exista.

@Feito por PAMELLA FRANÇA@